Os seus cabelos brancos já eram visíveis ele era mais maduro, mais
barrigudo e tinha até seus cabelos ralos na cabeça. Mas uma coisa ele mantinha
desde sua adolescia que era: consumir pornografia.
Um hábito que veio láááá atrás com seu primeiro filme pornô: Garganta profunda.
Ele era um adolescente que só conseguiu ver porque conhecia um
dono de uma banca que o cobrava mais caro, pois ele ainda não tinha idade.
O engraçado que entre o vendedor e o consumidor é que criou um
coleguismo. Pois, ele sempre gostava de comprar na mesma banca porque o dono da
banca era discreto e sempre colocava em um papel pardo uma fita conferindo o
dinheiro e devolvendo o troco.
Além disto, ele viu tudo do mundo pornô: viu da fita cassete, a
internet, passando pelo DVD, viu a Ciccolina, viu os pelos ser cada vez menos
até acabar, viu a Silva Saint, o Rocco e seu POV, viu o surgimento das panteras
e brasileirinhas... Ele acompanhou TUDO.
Até que um dia ele ao chegar a banca não apontou para o que ele
queria. Ele pediu um jornal.
O vendedor da banca de jornal estranhou e ele fez o que em anos de
convivência ele não fazia. Falou com ele.
- Não quer o de sempre?
- Desisti dos filmes.
- Desistiu?
- Sim.
- O ator sempre tem o pau o triplo do meu, as mulheres são a
metade da minha mulher e a transa deles duram a soma da minha transa + a ducha
no final + eu trocando de roupa. Vi que era tudo uma ilusão.
E assim o vendedor surpreso vendeu o jornal e começou a pensar em
solicitar o cancelamento do sexy hot da sua TV. Mas estava relutante já que lá
tinha um programa que ele adorava: Amadoras!
3 comentários:
Os filmes pornográficos sempre me convencem que a minha vida sexual é apenas uma vidinha sexual. Ótimo texto!
demorou pro cara se tocar, hem?
Eu acho meio nojento... tudo fora da realidade...
Kisu!
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