terça-feira, 18 de junho de 2013

A Banca

Os seus cabelos brancos já eram visíveis ele era mais maduro, mais barrigudo e tinha até seus cabelos ralos na cabeça. Mas uma coisa ele mantinha desde sua adolescia que era: consumir pornografia.

Um hábito que veio láááá atrás com seu primeiro filme pornô: Garganta profunda.

Ele era um adolescente que só conseguiu ver porque conhecia um dono de uma banca que o cobrava mais caro, pois ele ainda não tinha idade.

O engraçado que entre o vendedor e o consumidor é que criou um coleguismo. Pois, ele sempre gostava de comprar na mesma banca porque o dono da banca era discreto e sempre colocava em um papel pardo uma fita conferindo o dinheiro e devolvendo o troco.

Além disto, ele viu tudo do mundo pornô: viu da fita cassete, a internet, passando pelo DVD, viu a Ciccolina, viu os pelos ser cada vez menos até acabar, viu a Silva Saint, o Rocco e seu POV, viu o surgimento das panteras e brasileirinhas... Ele acompanhou TUDO.

Até que um dia ele ao chegar a banca não apontou para o que ele queria. Ele pediu um jornal.

O vendedor da banca de jornal estranhou e ele fez o que em anos de convivência ele não fazia. Falou com ele.

- Não quer o de sempre?

- Desisti dos filmes.

- Desistiu?

- Sim.

- O ator sempre tem o pau o triplo do meu, as mulheres são a metade da minha mulher e a transa deles duram a soma da minha transa + a ducha no final + eu trocando de roupa. Vi que era tudo uma ilusão.

E assim o vendedor surpreso vendeu o jornal e começou a pensar em solicitar o cancelamento do sexy hot da sua TV. Mas estava relutante já que lá tinha um programa que ele adorava: Amadoras!

3 comentários:

Keila disse...

Os filmes pornográficos sempre me convencem que a minha vida sexual é apenas uma vidinha sexual. Ótimo texto!

Inaie disse...

demorou pro cara se tocar, hem?

Bah disse...

Eu acho meio nojento... tudo fora da realidade...

Kisu!