- Vim te buscar...
- Veio?
- Mas é assim? Sem avisar?
- Às vezes a gente avisa as vezes
não.
- Isso tem regra.
- Gostaria muito que tivesse, mas
é assim de bate pronto.
- O bom que não tem rotina né?
- Tem não, ando morta por causa
disso.
- Porque a gente não pode se despedir?
- Imagina a demora que seria? Tem
gente que não consegue despedir do menino antes de deixar na escola... imagina
pra isso.
- Tem razão. E as pessoas que
ficam?
- Isso é uma grande falha desta
departamentalização imposta deste processo, um não tem acesso ao outro. Volta e
meia a gente reclama pro chefe e ele sempre responde levantando a sobrancelha
tipo: “Sempre foi assim e não vou mudar”.
- Então o que eu faço.
- Nada.
- Acabou? Morri.
- Acabou. Morreu.
6 comentários:
Então tá! Morreu.
Abraço
Simples assim...se acabou,fazer o q?
O fim é dolorido, na maioria das vezes. Mas tudo acaba e isso é a única certeza absoluta.
Belo texto, adorei o conceito! Simplesmente fantástico :)
http://ummarderecordacoes.blogs.sapo.pt/
me deu saudades de ler o livro intermitências da morte, do saramago! conhece??
e essa semanas passadas vi o filme 'a menina que roubava livros', cujo narrador onisciente também é a morte!
Se morreu, morreu, né? kk
thoughts-little-princess.blogspot.com
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